quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Minha primeira declaração de amor - Você e as estrelas (27-01-2001)



Numa noite estrelada é impossível não se deliciar com as estrelas. Lembro-me que ia para cima da laje de minha casa e ficava olhando as estrelas com determinado brilho no olhar que às vezes surpreendia a mim mesmo. Eram tantas que era impossível à contagem, me recordo que nenhuma era igual à outra, cada uma com seu valor no azul do céu, lembro que cada uma tinha o seu lugar marcado no infinito do céu, como um canto onde elas podiam repousar dentro de sua própria beleza, mas por ironia do destino muitas vezes vinham nuvens espessas que as encobriam de tal forma que não podia avistá-las, mas eu nunca me focalizava nas nuvens e sim nas estrelas, e aquelas imagens estavam marcadas em minha mente e no meu coração e eu ficava completamente feliz.
O tempo se passou e essa minha quase mania de observa as estrelas tem certas semelhanças como o meu amor. Se eu olhasse para você, era impossível não se deliciar com os traços de seu rosto, e sai nas ruas apenas para te ver e meus olhos se enchiam de alegria. A sensação que eu sentia quando estava perto de você era diferente, afinal você era diferente. Você também tem um lugar marcado em meu coração, onde estava sempre querendo fazer-te descansar desse mundo que está tão complicado e eu ficava feliz. Até que vinham vários problemas que realmente me atrapalhava, e sempre me perguntava “Quando isso vai acabar ou começar...”, mas acho que essas coisas não diminuíam aquilo que se fortaleceu em tão pouco tempo. E essa minha felicidade era tão certa quanto à noite que vinha trazendo as estrelas que com ou sem nuvens sempre me faziam lembrar de você, como alguém especial.

Rodrigo Barboza de Aquino
27-01-2001

Fico feliz por ter essas raridades ainda. Há 6 anos atrás o meu lado "estrelado" de ver as coisas ainda sobressaia, e junto com um amor de adolescente surgiu esse texto. E ele significa muito pra mim por muitas coisas. Pela época, pelo aprendizado e pela forma como escrevi... E olhando para dentro de mim hoje não me vejo diferente. Ainda sou aquele garoto que pensava em mudar o mundo, em fazer mudanças extraordinárias e ajudar os outros. Percebo que amadureci sim, mas a minha essência permaneceu... E quando observo essas coisas, entendo que a especialidade que nos envolve vai muito além de uma personalidade! Isso marca uma vida...
E se hoje eu ver uma estrela cadente passar juro que faço um pedido... Rrsrs! Calma, não é nenhum ato religioso, mas irei pedir sim a Deus para que eu sempre tenha sensibilidade para ver uma estrela cadente com os olhos de um adolescente!

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