segunda-feira, 25 de julho de 2011

O que não fiz...

Namoramos-nos seis meses, terminamos por incompatibilidade e, por orgulho, nos mantivemos afastados. Há 9 meses ela sofreu um acidente de carro, faleceu aos 25 anos. Todas as  noites eu digo que a amo, e repito todas as manhãs, nas esperança de que em algum lugar ela ouça, mas sei que não é suficiente. Hoje eu sei que devia ter ido atrás dela, telefonado dizendo que ela era a luz da minha vida, mandado flores, bombons, cartões, ter pendurado uma faixa na porta da casa dela, pichado o muro com o nome dela, fazer de tudo para demonstrar meu verdadeiro amor, mas eu não fiz.
Os meus “amigos” diziam, seja homem, não se humilhe para ela. Não é preciso ser “homem” para ser humilde, isso sim é difícil. Ela me amou, morreu me amando e sei disso. Eu a fiz chorar muitas vezes e tenho vontade de me bater quando penso nisso. Queria poder reverter cada lágrima dela num momento de alegria, mas, já não posso fazer isso. Eu penso nos filhos que poderíamos ter tido, na velhice juntos, com a qual eu nunca deixei d sonhar, no filme romântico que ela queria ver e eu achava bobagem, nos momentos que eu desperdicei estando longe dela. Eu me enganei, achei que ela sempre estaria ali, me esperando, mas, ela não me esperou.
Hoje procuro a paz de muitas formas, religião,  já passei por todas, psicólogos, ioga e esportes, de nada adianta. Uma vez fui visitar uma cidadezinha chamada Lorena, fiquei num sitio com amigos. Numa noite, na beira da fogueira, quando se contam “casos”, eu contei minha história, havia umas 15 pessoas, todos jovens, só um senhor bem de idade, todos se emocionaram, menos ele, achei que nem estava prestando atenção, parecia um homem muito simples, achei que fosse incapaz de entender o que eu estava dizendo. Eu terminei minha historia dizendo que o pior de tudo era saber que não havia nada a fazer. Algumas se levantaram, e eu fiquei lá, até o fogo acabar, todos foram embora, menos o senhor, ele ficou lá comigo e me disse que ainda havia o que fazer, contar minha historia, a tantas pessoas quanto conseguisse, ser chato, insistente, tentar fazer com que entendessem e não errassem como eu errei...
Desde então conto minha história para as pessoas e peço que estas repassem para tantas pessoas que conheçam.
Se você não der importância a isso e nem repassá-la, seu cachorro não vai morrer, você não perdera seu emprego, nem ira bater o carro.
Mas se não ligar pode errar como eu errei e perder o amor de sua vida, como eu perdi.
Se você ama alguém, telefone e diga, escreva uma carta, faça uma serenata, mande um cartão, mande um e-mail, com três palavras: EU AMO VOCE.
Pouco importa se ele ou ela esteja com outro, pouco importa que você esteja com outra pessoa, o amor só acontece uma vez, e, se você tem a opção que eu não tive, não a deixe passar.

Autor Desconhecido

Um comentário:

Lidiane R.S. Garcia disse...

Que historia...realmente temos um defeito, achamos que as pessoas sempre estarão aqui amanha, mais o amanha nunca sabemos o certo.

Eu amo você amigo....não esqueça disso.

Pv. 17-17