sábado, 26 de março de 2011

Meu fragmento mãe!


De todas as vezes que tentei iniciar um texto, essa é a mais difícil. Relutei com meu intimo em escrever algo tão pessoal, mas percebi que era preciso. Dentre os fragmentos que expus aqui, esse é o mais difícil de expressar! A dor da morte corroe a alma; abala o equilibrado; desmonta o preparado... Transcende qualquer sentimento, transforma o segundo em hora; à hora em dias...  A saudade avança à medida que apenas as lembranças são reais. Ainda que o dia estivesse com um céu azul, meus olhos umedecidos por minhas lágrimas apenas enxergava a escuridão. Precisei ser um “falso pilar” para agir, para consolar, mas ainda que meu exterior expressasse tranqüilidade e aceitação, meu interior revelava uma profunda angustia e tristeza. Nessas horas todos clamam por Deus, e comigo não seria diferente... Pedi força, e Ele me enviou amigos! Eu vi Deus em cada abraço, em cada SMS, em cada ligação telefônica! Sim, Ele estava lá!
         Por um momento pensei ter perdido minha mãe, até entender que não se perde o que se ama. Entendi que a vida pode acabar, mas o amor permanece para sempre. Seja em uma lembrança ou em um ensinamento! Agradeço a Deus por ter tido uma mãe assim... Tão preocupada comigo, que me amou desde o seu ventre. O livro da minha vida vai continuar a ser escrito, mesmo com lágrimas como estou agora. É o tempo de honrar a memória daquela que me ensinou a ser educado, a não pegar nada de ninguém e a ser honesto. Sim, eu vou seguir em frente por você!

Rodrigo Barboza de Aquino
26/03/2011 

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